Hoje, nosso navio atracou na encantadora ilha de Castro, situada no arquipélago de Chiloé da pitoresca região dos lagos do norte da Patagônia. Quando visitei pela primeira vez em 2014, explorei de carro alugado, mas a barreira linguística me fez sentir como se eu tivesse perdido grande parte da experiência. Desta vez, decidi participar de um tour guiado organizado pelo navio, com foco nas igrejas de madeira declaradas Patrimônio Mundial pela UNESCO.

No século XVII, missionários jesuítas espanhóis chegaram à ilha de Chiloé e construíram essas notáveis igrejas de madeira usando o Alerce local, ou cedro chileno. Essas estruturas fundem estilos arquitetônicos europeus com a intrincada arte das populações indígenas latino-americanas, testemunhando sua duradoura herança por centenas de anos.

Em 2000, 16 dessas igrejas únicas foram designadas como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Nosso guia nos levou a três das igrejas mais representativas, embora os nuances culturais tornassem desafiador compreender completamente sua importância.

Talvez a característica mais visualmente cativante de Castro seja suas coloridas casas de pilhas, conhecidas como "palafitos". A lenda diz que os construtores originais escolheram erguer essas casas sobre a água para evitar o custo da compra de terrenos. Hoje, muitas dessas moradias coloridas foram transformadas em charmosas pousadas, cafés aconchegantes e restaurantes convidativos. Embora sejam um deleite admirá-las de longe, de perto é mais evidente seu estado de desgaste e idade.

Perto das casas de pilhas, também fiquei encantado ao avistar um bando de cisnes negros de pescoço branco, que realmente adicionaram um toque mágico ao dia.



