Adeus aos majestosos Torres del Paine, e seguimos viagem, voando de volta para Santiago para pegar um voo de conexão até o Aeródromo El Loa no Peru. Nosso destino: o "lugar mais seco do mundo" – o Deserto do Atacama. Enquanto seguimos para o norte ao longo dos Andes, o desolado cenário se desenrola como o quadro de um poeta excêntrico, mesclando secura, grandiosidade e melancolia em uma tapeçaria fascinante.
Aqui, o terreno árido e desolado se estende tão plano e fora deste mundo quanto a superfície de outro planeta. Formações rochosas esculpidas pelo vento emergem da terra, vastos salares e leitos de sal secos revelam sua brancura manchada e fantasmagórica, e imponentes vulcões se erguem como testemunhas silenciosas de um passado extraordinário.
Subindo em uma pequena duna no deserto e olhando à distância, maravilho-me com como anos de rocha sólida foram transformados nessas suaves dunas ondulantes de areia fina. Memórias da minha visita ao Deserto do Saara voltam à mente; por causa do "Saara", havia Sanmao, e agora, toda vez que encontro um deserto, ele carrega um sabor especial, quase romântico. Embora a desolação e a aridez sejam marcas registradas de qualquer deserto, a menção do Saara infunde até mesmo o Atacama com um toque de encantamento.
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