Viagem a Pyongyang: Um Norte-Coreano Acena para Mim da Janela
Apenas em Pyongyang os visitantes têm o raro privilégio de descer do trem para se imergir no ritmo da vida local.

Explorando além da capital, nossa jornada se desenrola ao longo de estradas desertas que se estendem infinitamente até o horizonte. A ausência de paisagens urbanas é impressionante—não há ruas agitadas, nem tráfego, apenas uma solidão sinistra pontuada por marcos rodoviários ocasionais.

Por essas rotas solitárias, vislumbres da vida local emergem como cenas de outro tempo: ciclistas curvados sob cargas impossíveis, mulheres se movendo graciosamente com baldes de água perfeitamente equilibrados sobre suas cabeças. Seus passos determinados refletem a luta atemporal de Sísifo, cada passo um testemunho silencioso de resiliência.

Do nosso ônibus em alta velocidade, capturamos conexões momentâneas—norte-coreanos parando à beira da estrada para acenar para nossa passagem. Esses gestos fugazes pairam no ar como bênçãos não ditas, deixando ecos muito depois que desaparecemos pela estrada vazia.





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