No final de fevereiro, o que deveria ser uma divertida viagem entre amigas para Osaka se transformou em nosso pior pesadelo — uma experiência pela qual rezo para que nenhuma outra mulher tenha que passar.
Chegamos em Osaka no dia 28, empolgadas com nossa escapada de quatro dias. Mas no dia 2 de março, após um dia inteiro explorando, voltamos para o quarto do hotel e fizemos uma descoberta nauseante: manchas de esperma fresco em um par de meias dentro da nossa mala. O que era aterrorizante? Nós ainda não tínhamos tomado banho ou trocado de roupa — isso não poderia ter sido de nós. Apenas um par usado estava sujo, enquanto o outro par, ainda não usado, permaneceu intacto.
O material ainda estava úmido quando o encontramos, enviando arrepios pela espinha — alguém poderia estar por perto. Pegamos nossas coisas e saímos correndo para fazer check-out imediato. O pessoal da recepção, que falava mandarim, consultou seu gerente, oferecendo apenas um reembolso da plataforma sem qualquer responsabilidade. Sem desculpas, sem ação — apenas uma mudança de turno para um estudante chinês masculino que mostrou igual indiferença.
Já tendo ficado duas noites, exigi revisar as imagens das câmeras de segurança. O funcionário masculino permaneceu perturbadoramente calmo, dizendo apenas que só a polícia poderia acessar. Para duas mulheres estrangeiras que não falavam japonês, ele nem se deu ao trabalho de ligar para as autoridades por nós.
Quando finalmente liguei para a polícia eu mesma, sua resposta foi completamente diferente. Os policiais entraram em ação — um analisando as imagens de vigilância enquanto outro examinava as provas. Usando um aplicativo de tradução, perguntei pela opinião profissional deles: Poderia ser solução de limpeza? (Embora, por que a equipe de limpeza estaria revirando nossa mala?)
A confirmação do oficial nos devastou: "Parece ser esperma." Eles nos levaram à delegacia para um interrogatório exaustivo de 4 a 5 horas, coletando amostras de DNA. Em certo momento, eles mostraram uma captura de tela granulada perguntando se reconhecíamos o suspeito — possivelmente um funcionário do hotel que entrou enquanto estávamos fora. Mas quando perguntei pelos horários, eles se recusaram a responder.
Pelo menos até então, já estávamos acordados 24 horas seguidas.
O que mais nos feriu? A traição por parte dos próprios compatriotas na recepção — sua completa recusa em ajudar cidadãos chineses, quanto mais estrangeiros.
Meses depois, voltamos para casa sem nenhuma atualização da polícia japonesa. Nosso simples pedido para ver as imagens das câmeras de segurança nunca foi atendido. O próprio interrogatório foi um campo minado de perguntas inadequadas, sendo a mais ofensiva: "Você está apenas chateada por causa das meias danificadas?" Embora eu tenha negado veementemente isso, eles registraram de qualquer forma. Após 26 horas sem dormir, assinamos tudo o que queriam apenas para escapar daquele pesadelo.
Nenhuma mulher deveria ter que passar pelo que passei.
Nunca o hotel ofereceu uma desculpa — nem uma única palavra de remorso. Mas encontramos nosso coragem. Ao falar hoje, espero criar um amanhã mais seguro onde nenhuma mulher sofra em silêncio. Que isso sirva como um aviso para quem acha que pode machucar os outros sem consequências.
